Novo Minha Casa, Minha Vida: oportunidade para o mercado imobiliário
Novo Minha Casa, Minha Vida: oportunidade para o mercado imobiliário
O novo Minha Casa, Minha Vida trouxe mudanças significativas para o mercado imobiliário, criando um espaço para impulsionar o aumento de financiamentos de imóveis novos e usados. Com novas regras e mais possibilidades, o programa pode ser uma ótima possibilidade de ganho de receita por parte das imobiliárias ao longo dos próximos anos.
O Minha Casa, Minha Vida é um programa de habitação federal criado em março de 2009 que oferece subsídio e taxa de juros abaixo do valor de mercado. A iniciativa foi criada para facilitar a aquisição de moradias populares e conjuntos habitacionais, e o novo formato pretende criar 2 milhões de novos imóveis até 2026.
Em julho deste ano as mudanças foram sancionadas, trazendo diversas novas regras e melhorias. A maioria delas está concentrada na faixa de renda dos beneficiários do programa, especificações de imóveis e taxas de juros mais baixas.
Quem pode participar do Minha Casa, Minha Vida?
Famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil em áreas urbanas e renda anual bruta de até R$ 96 mil em áreas rurais. Essas famílias são divididas em 3 faixas distintas:
– Faixa 1: áreas urbanas (renda mensal de até R$ 2.640,00) e áreas rurais (renda anual de até R$ 31.680,00)
– Faixa 2: áreas urbanas (renda mensal entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400,00) e áreas rurais (renda anual de R$ 31.608,01 a R$ 52.800,00)
– Faixa 3: áreas urbanas (renda mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000,00) e áreas rurais (renda anual de R$ 52.800,01 a R$ 96.000,00).
Imóveis subsidiados a famílias que fazem parte do Bolsa Família terão parcelas isentas, tornando o imóvel 100% gratuito.
Os imóveis também podem ser financiados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. De acordo com o site do Governo Federal, “essa modalidade está disponível para as Faixas de renda 1, 2 e 3, preenchidos os critérios necessários. Destaca-se que a liberação do financiamento imobiliário, com subsídios e descontos de juros previstos pelo programa, depende da aprovação de risco e de crédito pelas instituições financeiras que operam o Minha Casa, Minha Vida (Banco do Brasil ou CAIXA)”.
Ainda de acordo com o Governo Federal, as formas de adquirir um imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida são:
– FAR (faixa 1): família é indicada pelo ente público local;
– Entidades (faixa 1): família é indicada por entidade organizadora privada sem fins lucrativos;
– Rural (faixa 1): família é indicada por entidade organizadora pública ou privada sem fins lucrativos;
– FNHIS (faixa 1): família é indicada pelo ente público local;
– Pro-Moradia (faixa 1): família é indicada pelo ente público local;
– FGTS Cidades (faixas 1 e 2): família é indicada pelo ente público que oferece a contrapartida e deve ter análise de crédito aprovada por instituição financeira para assumir financiamento habitacional;
– FGTS (faixas 1, 2 e 3): família deve procurar um imóvel de sua preferência e ter análise de crédito aprovada por instituição financeira para assumir financiamento habitacional;
Quais são os valores de imóveis do Minha Casa, Minha Vida?
De acordo com as novas regras do programa, os valores dos imóveis aumentaram significativamente e levam em consideração alguns fatores como faixa de renda e tamanho da cidade que será contemplada com o imóvel.
Desta forma, os valores estão definidos assim:
– Empreendimentos que contemplem a Faixa 1 Subsidiado: até R$ 170.000,00
– Empreendimentos que contemplem a Faixa 1 e 2 Financiado: até R$ 264.000,00
– Empreendimentos que contemplem a Faixa 3 Financiado: até R$ 350.000,00
Na área rural, as novas moradias podem ter valor máximo de R$ 75.000 (era R$ 55.000), e para melhoria de uma moradia, o valor é de R$ 40.000 (antes era R$ 23.000)
Ainda de acordo com o Governo Federal, novos imóveis também passaram por alteração em suas especificações, com aumento de tamanho e possibilidade de acréscimo de varandas, buscando assim conceder mais qualidade de vida para os beneficiários.
Confira as alterações:
– Aumento na área mínima das unidades: 40 m² para casas e 41,50 m² para apartamentos;
– Criação de varandas para oferecer um espaço adicional aos moradores;
– Os conjuntos deverão ser equipados com sala de biblioteca e equipamentos para a prática esportiva;
– Localização do terreno: agora o terreno deverá estar inserido na malha urbana, com proximidade a infraestrutura urbana completa já instalada e consolidada, acesso a equipamentos públicos de educação, saúde e assistência social, acesso a comércio e serviços e transporte público coletivo;
– Terrenos mais bem qualificados podem receber um valor adicional em sua aquisição, incentivando a qualidade e adequação das localizações dos empreendimentos.
Além de novos imóveis, o programa permite também aquisição de imóveis usados, possibilitando a reinserção no mercado dos cerca de 11 mil domicílios vagos apontados pelo último Censo Demográfico do IBGE.
Quais são as taxas de juros do programa habitacional?
O programa possui porcentagem de juros anuais distintos para cada faixa de beneficiários. Algumas taxas são as mais baixas para financiamentos de habitação, se mostrando uma ótima opção para quem busca ter a sua casa própria.
Confira as condições de juros para cada faixa e localidade:
Faixa 1
Até R$ 2.000,00
Cotistas
Norte e Nordeste 4,00%
Sul, Sudeste, e Centro -Oeste 4,25%
Não Cotistas
Norte e Nordeste 4,50%
Sul, Sudeste e Centro -Oeste 4,75%
De R$ 2.000,01 a R$ 2.640,00
Cotistas
Norte e Nordeste 4,25%
Sul, Sudeste, e Centro -Oeste 4,50%
Não Cotistas
Norte e Nordeste 4,75%
Sul, Sudeste e Centro -Oeste 5,00%
Faixa 2
De R$ 2.640,01 a R$ 3.200,00
Cotistas
Norte e Nordeste 4,75%
Sul, Sudeste, e Centro -Oeste 5,00%
Não Cotistas
Norte e Nordeste 5,25%
Sul, Sudeste e Centro -Oeste 5,50%
De R$ 3.200,01 a R$ 3.800,00
Cotistas 5,50%
Não Cotistas 6,00%
De R$ 3.800,01 a R$ 4.400,00
Cotistas: 6,50%
Não Cotistas: 7,00%
Faixa 3
De R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00
Cotistas: 7,66%
Não Cotistas: 8,16%
Com tantas possibilidades de financiamento e juros acessíveis, o programa se mostra uma possibilidade para a criação de novos imóveis (ou modernização de imóveis antigos), aquecendo o mercado nos próximos anos e garantindo um crescimento para diversas imobiliárias que tem em seu core a venda de imóveis.
Quer continuar aprendendo? Se inscreva no nosso canal no YouTube!